domingo, 17 de março de 2013

Uma trapalhada em Cingapura


Por: Elio Gaspari


Está sobre a mesa do chanceler Antonio Patriota uma daquelas encrencas que caem nas costas dos diplomatas e acabam em fritura quando eles ouvem os poderosos do momento. O senador Ricardo Ferraço denunciou que o embaixador do Brasil em Cingapura, Luís Fernando Serra, procurou a direção da empresa Jurong para que ela transferisse seu estaleiro do município capixaba de Aracruz para o Porto do Açu, no norte do Rio de Janeiro. Esse empreendimento pertence ao empresário Eike Batista, que há pouco se associou ao banqueiro André Esteves, do BTG Pactual. A gestão de Cingapura foi confirmada pelos diretores da Jurong no Brasil.

Como se fosse uma brincadeira de cubos, um estaleiro que está com 15% de suas obras feitas, com investimentos previstos para R$ 500 milhões e encomendas assinadas, seria transferido total ou parcialmente para outro lugar. No fundo, trata-se de repassar as encomendas e de absorver um concorrente. Dificilmente uma ideia dessas sairia da cabeça do embaixador. Segundo o senador Ferraço, num contato que teve com Nery De Rossi, secretário do Desenvolvimento do governo capixaba, o diplomata informou que a gestão foi solicitada pelos ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento. Os dois negaram que tenham patrocinado a proposta.

Se os ministros pediram a gestão, deveriam tê-lo feito formalmente. Nesse caso, estaria documentada. O que levaria um diplomata lotado em Cingapura a sugerir a transferência de um empreendimento para a carteira de interesses de Batista e Esteves? Não é da tradição do Itamaraty esse tipo de ligeireza. Pelo contrário, em 1980 o embaixador do Brasil no Chile, Raul de Vincenzi, provocou uma situação de barata-voa no Planalto quando um general muy amigo de Augusto Pinochet disse-lhe que a transação de uma hidrelétrica já tinha sido acertada em escalões superiores brasileiros. Quando De Vincenzi narrou o encontro num telegrama oficial e pediu instruções, os hierarcas disseram que nada tinham a ver com a história.

Ricardo Ferraço preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado e pediu formalmente a Patriota que explique a história. A ver.

Fonte Folha de S. Paulo - Coluna Elio Gaspari

Blog do Roberto Moraes: Quem tem medo da Política?

Hoje em pleno domingo estava eu pesquisando pela net, e me deparei com o Blog do colega Roberto Moraes e li esse texto do mesmo. Gostei muito e acho muito oportuno compartilha com vocês...


Blog do Roberto Moraes: Quem tem medo da Política?: Pela falta de tempo acabei deixando passar o assunto, comentado em diversos meios e blogs, sobre a pressão que o Ministério Público Eleitora...

A caçada de Eike para viabilizar seu porto


Investida do bilionário em projetos do Estado pode não parar

Estado cotrata 308 temporários. Inscrições podem ser feitas a partir do dia 26 deste mês

Rita Bridi
rbridi@redegazeta.com.br

O bilionário Eike Batista, encontra dificuldade na atração de investimentos em volume suficiente para consolidar o seu projeto do porto do Açu, em São João da Barra, no Norte fluminense. As tentativas de levar duas siderúrgicas e montadora de veículos para ancorar o empreendimento não deram certo e ele continua na busca de parceiros para garantir o retorno do investimento.

Uma dessas tentativas ocorreu na última semana e quase prejudicou o Espírito Santo. Com a ajuda do rolo compressor do governo federal, representantes da EBX, empresa de Eike Batista, pressionaram o grupo Jurong a transferir o estaleiro do Espírito Santo para o Porto do Açu. O estaleiro Jurong Aracruz (EJA) está sendo construído em Barra do Sahy, em Aracruz, Litoral Norte do Estado, e a previsão é que seja inaugurado em agosto de 2016.

O projeto do grupo EBX, um modelo de condomínio industrial logístico, foi lançado no final de 2006 e a construção teve início um ano depois. O porto do Açu tem retroárea de 90 km2 – o tamanho de Vitória –, dez berços de atracação e capacidade para a movimentação de 300 milhões de toneladas de cargas por ano. O investimento previsto inicialmente era de US$ 40 bilhões e geração de 50 mil empregos diretos.

Passados sete anos do lançamento do projeto e sem ter conseguido fechar os contratos com as empresas âncoras, ou seja com poucos clientes, o porto já apresentou mudanças no seu perfil. Controlado pela LLX, subsidiária do grupo EBX, o Porto do Açu tem se voltado mais para a indústria do petróleo.

A mudança do perfil do projeto, aliada à dificuldade na atração de empresas âncoras, justificaria a investida do empresário sobre o grupo Jurong, que reafirmou sua permanência no Espírito Santo. Na solenidade do lançamento da pedra fundamental, em dezembro de 2011, Jurong recebeu da Sete Brasil a encomenda para a construção, no Brasil, da primeira sonda de perfuração.

No ano passado, o EJA recebeu, também da Sete Brasil, a encomenda para a construção de mais seis navios-sonda que serão utilizados pela Petrobras na perfuração de poços de petróleo em águas ultraprofundas. O valor dos contratos para a construção dos navios-sonda é próximo de R$ 12 bilhões. O estaleiro, portanto, preencheria o espaço que Batista destinou às empresas âncoras de seu porto e reforçaria o novo perfil do empreendimento,

Há informações de que o estaleiro OSX iniciará as operações até o final deste ano, mas o projeto não tem a dimensão de um estaleiro como o da Jurong. O grupo de Singapura, que possui vários estaleiros, está entre os principais do mundo. E empresa de grande porte, com potencial para investir pesado e com tecnologia de ponta, é o que Batista quer para seu porto.

O terminal para escoar minério (projeto Minas-Rio) que seria construído pela Anglo American foi adiado. A Wuhan Iron and Steel corporation (Wisco), que é a quarta maior produtora de aço da China, e investiria US$ 5 bilhões na planta siderúrgica, desistiu do projeto. A outra siderúrgica, a Ternium, que teve problemas com o processo de licenciamento, ainda não iniciou as obras. A Nissan Motor, saiu do empreendimento. A montadora vai investir US 1,4 bilhão no Rio de Janeiro, mas fora do Porto do Açu. 

http://3.bp.blogspot.com/_W2V_Qxwfrwg/TFz2k8ctriI/AAAAAAAAKZY/LlgaF4QGkz0/s1600/A%C3%A7u-+Corredor+de+Log%C3%ADstica-2.jpg


A Subsea7, a Tecnhip (que tem uma fábrica de tubos flexíveis no Porto de Vitória), a Intermoor, integrante do Grupo Acteon e a National Oilwell Varco (NOV), a finlandesa Wärtsilä que atuam no segmento petrolífero e de energia estão em processo de instalação no Porto do Açu.

Investidas

As tentativas do empresário Eike Batista de levar empresas do Estado ou de outras regiões do país para seu porto devem continuar. O presidente em exercício da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Manoel Pimenta, avalia que o assédio prosseguirá. Para evitar perder investimento, o Espírito Santo precisa estar vigilante sempre. 

http://www.robertomoraes.com.br/2010/08/corredor-logistico-de-45-km-do-acu-ate.html


O senador Ricardo Ferraço, presidente da Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), que acompanhou todo o processo de tentativa de transferência do estaleiro do Espírito Santo para o Rio de Janeiro, avisa: “O Estado precisa estar atento para agir, reagir e atacar. Não podemos dormir no ponto”. 

http://www.robertomoraes.com.br/2010/08/planta-de-localizacao-dos.html


Ferraço pediu ao ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, que apure o envolvimento do embaixador do Brasil em Singapura, Luís Fernando Serra, no episódio. O senador disse que poderá até convocar o embaixador a prestar esclarecimentos. Segundo ele, o empreendedor pode se instalar onde quiser, o que não pode haver algum tipo de pressão por parte do governo.

Fonte: Gazeta Online
Imagens: http://www.robertomoraes.com.br

sexta-feira, 15 de março de 2013

Grupo de Singapura compra 5% da Evonik


O fundo soberano Temasek Holdings, de Singapura, na Ásia, está adquirindo 5% de participação no controle acionário da companhia alemã Evonik Industries AG, fabricante de produtos químicos que matem uma unidade em Barra do Riacho, na orla de Aracruz. De acordo com a informação do site UOL, a negociação é de € 600 milhões.


Depois que a Evonik anunciou planos de abrir capital na bolsa de Frankfurt, na Alemanha, o interesse em uma operação de sociedade privada cresceu consideravelmente, disse a fonte do UOL. Para a Evonik, a Temasek seria um investidor bem-vindo, já que o fundo geralmente assume investimentos com visão de longo prazo.


 A Evonik divulgou há duas semanas que tem intenção de abrir o capital. A companhia já desistiu três vezes anteriormente da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) devido às condições desfavoráveis de mercado. O maior acionista da Evonik, RAG Foundation, tem 75% da companhia e a CVC Capital Partners detém o restante.


 Segundo informações do site da Evonik, a companhia atua na área química no Brasil desde 1953. Além de sede administrativa em São Paulo, a Evonik possui duas fábricas no país. Uma de peróxido de hidrogênio, em Barra do Riacho, e a outra de catalisadores químicos, em Americana (SP). Estão em construção outras duas unidades fabris, em Americana (SP), de produtos intermediários para indústrias de cosméticos, e em Castro (PR), para a produção de insumo destinado ao mercado de nutrição animal.

Fonte: Folha do Litoral

Jurong entrega certificados de cursos profissionalizantes



O Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) entregou na quarta-feira 13 e ontem 14, no auditório da Escola Placidino Passos, os certificados de conclusão dos cursos de qualificação profissional, em parceria com a Escola Técnica Premier Cedtec e o Centro Educacional de Aracruz (CEA), a cerca de 400 alunos de 12 cursos proferidos desde o segundo semestre de 2012.
   No evento, se formaram os alunos dos cursos de automação industrial, auxiliar de recursos humanos, bombeiro hidráulico, cuidador de idoso, eletricista de manutenção, eletrotécnica, encanador industrial, gestão ambiental, instalações elétricas prediais, mecânica de manutenção, operador de máquinas pesadas e soldador.
   No ano passado, o EJA matriculou e capacitou 713 alunos por meio de 25 cursos em parceria com quatro instituições de ensino locais. Para 2013, a previsão é ofertar, a partir de abril, cerca de 1,5 mil vagas em cursos específicos para a fase de operação do empreendimento.
   Eva Henrique de Oliveira, 47 anos, moradora de Barra do Sahy, recebeu o certificado do curso de operador de máquinas pesadas. "Cada vez mais competitivo, o mercado de trabalho exige que os candidatos possuam em seus currículos elementos como este que alcancei com a iniciativa da Jurong", disse.  Já o caldeireiro Erotides Alves de Souza, 55 anos, do bairro Vila Rica, recebeu o certificado do curso de encanador industrial. "É uma profissionalização para a conquista do sucesso", pontuou.

Fonte: Folha do Litoral

quinta-feira, 14 de março de 2013

Estado vai oferecer 1,5 mil vagas de cursos a distância

Por Tiago Félix

Serão cursos profissionalizantes de agente comunitário de saúde, hospedagem e transações imobiliárias


Quem diz que não tem tempo para fazer um curso profissionalizante, por trabalhar durante o dia, não terá mais desculpa por falta de tempo. O governo do Estado oferece pela primeira vez cursos de modalidade de Ensino a Distância. Ao todo serão oferecidas 1,5 mil vagas para agente comunitário de saúde, hospedagem e transações imobiliárias. A previsão é que as aulas comecem ainda neste primeiro semestre de 2013.

Os cursos serão destinados a alunos do Ensino Médio já concluído. A carga horária dos cursos será de 1,2 mil horas, oferecidos nos municípios de Aracruz, Ecoporanga, Guaçuí, Guarapari, João Neiva, São Mateus, Muniz Freire, Vargem Alta, Viana, Vila Velha e Mimoso do Sul. As inscrições começam no dia 18 e irão até dia 22 de março.

Segundo o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), a ideia é ampliar e democratizar o acesso a cursos técnicos de nível médio e gratuito. Casagrande ressaltou que esse tipo de investimento é uma forma de qualificar a educação. "Podem querer tira tudo do nosso Estado, mas talento e criatividade eles não conseguem. Estamos investindo para qualificar ainda mais os estudantes e prepará-lo para o mercado de trabalho", ressalta.

O projeto será gerenciado pelo Instituto Federal do Paraná terá aulas presenciais através das tele aulas, que serão transmitidas via satélite. As aulas, acontecerão nos 11 polos das escolas públicas, terão equipamentos para proporcionar a interação do aluno com o monitor ao vivo por telefone e através do Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Os alunos receberão livros de didáticos, segundo a secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho. As aulas presenciais acontecerão uma vez por semana no período noturno. As demais serão no ambiente virtual dos cursos. O edital do projeto foi lançado nesta quinta-feira (14), e o invetsimento será aproximadamente R$ 6 milhões.

Cursinho para o  Enem

Outra novidade lançada nesta quinta durante uma solenidade de investimento na área da Educação, foi o curso preparatório para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), em todos os municípios do Estado. A estimativa é que 30 mil alunos do Ensino Médio participe do cursinho, que ocorrerá duas vezes por semana no contra turno e até mesmo aos sábados, para aqueles que trabalham. As inscrições começam na segunda quinzena de abril.

De acordo com o subsecretário de Planejamento e Avaliação da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), Eduardo Malini, os alunos interessados devem procurar as secretarias das escolas, onde estudam, nesta sexta-feira (15), para formação de turmas. A novidade oferecerá material de didático aos alunos. "É um curso preparatório para o Enem, mas está inserido em um contexto muito maior de valorização do estudante e oportunidade", ressalta Malini.

Curso Superior

Mais de 2,018 mil estudantes tiveram a oportunidade de conseguir uma bolsa em uma universidade privada do Estado. O estudante Eduardo Antônio Bicalho Scalzer, 22 anos, é um dos que conseguiu realizar o sonho de fazer faculdade de medicina. Ele iniciou o curso neste ano. "Venho tentando há dois anos só neste ano que fui presenteado com essa bolsa. Mas, não preciso agradecer o governo por isso, porque é o dever dele oferecer educação já que não tem faculdade disponível para todos", pontua.

O governo do estado investiu mais de R$ 11 milhões, com oferta de 2,018 vagas distribuídas para 44 cursos de 35 instituições de ensino particular, atendendo todo os 78 municípios do Estado.

Fonte: Rádio CBN Vitória (93,5 FM)

quarta-feira, 13 de março de 2013

Reunião entre o Estaleiro Jurong Aracruz EJA e Comunidade de Barra do Sahy

Aconteceu no dia 11/03/2013, uma reunião entre empresa e comunidade acima citadas na Igreja Batista de Barra do Sahy, a fim de informar a todos sobre o andamento da obra.
Um vídeo do empreendimento foi mostrado para que todos se situassem das obras do estaleiro. A Coordenadora de Sustentabilidade do EJA Aparecida Demoner citou que todos da comunidade podem e devem ter acesso ao Estaleiro Jurong Aracruz de forma que as portas estarão sempre abertas para todo tipo de informação, “até o momento ninguém nos procurou para oficializar nenhuma reclamação”.  A mesma também esclareceu que a princípio a reunião foi somente com a comunidade de Barra do Sahy e futuramente poderão acontecer nas demais comunidades.

Em seguida o Engenheiro Charles fez uso da palavra perguntando a todos os presentes quem estava numa reunião do estaleiro pela primeira vez e o público foi dividido. Em seguida o mesmo deu continuidade mostrando nos slides o andamento da obra, suas fases, trevo de acesso e demais assuntos relacionados conforme segue nas fases da obra que são:

1Quebra-mar;
2)    Cais;
3)    Finger píer;
4)    Dragagem;
5)  Construção Civil;
6)  Carreira;
7) Oficinas montagem, estrutura metálica;
8)   Dique seco.


Blog Angélica Rangel


A fase atual está concentrada em 03 áreas próximas ao mar, e segundo ele o trevo de acesso em frente ao portão da Jurong deverá estar pronto em uma semana.

Dando continuidade Aparecida Demoner explicou sobre a metodologia de contratação que acontece hoje na empresa conforme segue:

1)  Comunicado das vagas às comunidades;
2) Encaminhamento das vagas ao SINE;
3) Encaminhamento a empresa para entrevista;
4Contratação.

Segundo a Coordenadora o fato das vagas estarem sendo anunciadas primeiramente as lideranças comunitárias com prazo de 24 hs de antecedência, ajuda as pessoas da própria comunidade a conseguir a carta antes de outras de localidades distantes.

Pelo demonstrativo de contratações dos 04 últimos meses apresentado pela empresa temos:


Mês/Ano
Trabalhadores
Mão de obra local
Mão de obra de fora
Outubro/2012
36
33
03
Novembro/2012
48
46
02
Dezembro/2012
55
43
12
Janeiro/2012
22
18
04

Desses cargos anunciados segundo a empresa 90% não exigiam inglês e 10% sim.
Um contato da empresa foi colocado à disposição de todos os presentes para quaisquer informações ou esclarecimentos.

Telefone: (27) 3250-7080 ramal 205 falar com Aparecida Demoner ou Elizângela Loureiro.

Terminada a apresentação por parte da empresa foi dada a palavra aos presentes para que fizessem suas perguntas e se manifestassem.

Primeira fala foi dada ao Jean Pedrini que citou:


* Falta do trevo de acesso antes que os caminhões iniciassem o transporte de pedras, não cumprindo com condicionante;
* Acesso da empresa Carioca Engenharia pelo bairro Santa Marta que segundo a ZR1 seria considerado ilegal;
* Caminhões carregados de pedras transitando dentro de Barra do Sahy causando transtornos aos moradores e comerciantes da região;
* A não fiscalização por parte do órgão público, município e estado;

Segunda fala foi dada ao Carlos Presidente da Associação de moradores de Barra do Sahy que citou:


* O valor do corte da madeira até o momento não foi repassado à associação, enquanto todas no entorno já receberam, segundo o mesmo quem faz denúncia não é bem visto pela empresa;
* Trouxe ao conhecimento de todos os presentes um vídeo das pessoas na fila do SINE em busca de emprego e dos caminhões da empresa Carioca Engenharia cruzando a pista cometendo várias infrações de trânsito;
* Uma foto de um cidadão que chegou ao SINE de Barra do Riacho transportado pelo veículo da empresa Carioca Engenharia, onde o mesmo iria pegar carta para encarregado de obras que havia se esgotado.

Segundo o líder comunitário “não somos contra o progresso somos contra a forma como estamos sendo tratados”.

O Representante do CONSPAR que estava presente pediu a fala e afirmou sua colaboração e disposição para estar ao lado de Jean Pedrini e Carlinhos na busca de informações sobre os problemas que estão sendo registrados no SINE em relação às cartas de emprego.

A Sra. Maria José moradora local citou a insatisfação dos moradores quanto à distribuição das cartas no SINE, segundo a mesma deveria ser aberta uma CPI dentro do SINE do município devido a muitas reclamações quanto à manipulação de cartas de emprego.
Outros moradores também colocaram suas queixas quanto os cursos e qualidade dos mesmos, quanto ao curso de inglês não ter sido incluído na grade dos oferecidos a comunidade entre outros.

A Gerente de Sustentabilidade ouviu todos os presentes e respondeu todas as questões levantadas conforme segue:

* Escolheu-se o SINE como forma de recrutamento quando não consegue preencher a vaga a mesma vai para o site da empresa. Como mudou a gestão do SINE, a mesma cita que devido às várias queixas dos presentes em relação ao órgão se faz necessária agendar urgente uma reunião para ajustes entre as partes para fins de dar total transparência na busca de empregos;
* Quanto cursos citados a mesma informou que foi colocado a disposição das comunidades 40 títulos de cursos e a própria escolheu 25 títulos de cursos a ser ministrado pelo estaleiro e dentre esse não foi escolhido o curso de inglês. Esclareceu ainda que os formandos nos cursos não obrigatoriamente sejam contratados pela empresa e sim os mesmos estarão mais qualificados em relação a outros que não fizeram os cursos, tendo os primeiros mais chances em processos seletivos;

Blog Angélica Rangel


Jean Pedrini informou à empresa que a mesma sabe de seus deveres e obrigações quanto ao cumprimento das condicionantes e não será a comunidade ou líder comunitário que deverá ir bater na porta da empresa para informar de problemas que estejam surgindo com o andar da obra.  O mesmo voltou a falar sobre os caminhões não passarem em cima do duto da Petrobrás e sim passar dentro da comunidade causando transtornos aos moradores e comerciantes locais.

Carlinhos voltou a falar que cansado de não ser ouvido resolveu-se em comum acordo com outras associações e Ongs registrar as reivindicações diretamente no órgão responsável para que o mesmo tomasse as devidas providências.

Houve questionamento da comunidade em relação a repúblicas de responsabilidade da empresa Carioca Engenharia, porém foi esclarecido pela própria Aparecida Demoner que a mesma procurou a empresa, pois isso não é permitido. O fato foi esclarecido, pois havia somente algumas casas alugadas para engenheiros não se caracterizando em alojamentos ou repúblicas.

Blog Angélica Rangel

Quanto ao valor de doação da venda de madeira as associações da região, a Coordenadora do estaleiro justificou o não repasse da verba a Associação Comunitária de Barra do Sahy devido sim ao fato de a mesma estar com processo de suspensão de licença do Estaleiro Jurong Aracruz e nesse caso devido a política e cultura da empresa a mesma não seria obrigada a repassar essa verba a entidade.

A Gerente de Sustentabilidade do Estaleiro Jurong Aracruz Aparecida Demoner, agradeceu a presença de todos, mas uma vez citando que não é possível construir uma obra desse porte sem causar nenhum impacto à comunidade. Porém tudo será feito da melhor forma possível para que ambas as partes estejam satisfeitas.

Gostaria de informar que devido a um contratempo precisei me ausentar da reunião antes que a mesma terminasse já por volta das 21 hs. Aos meus colegas de Barra do Riacho informo ainda que não estive presente como convidada para a reunião visto que a mesma seria somente com a comunidade de Barra do Sahy, porém não resisti e fui assim mesmo rsrs. Conforme dito anteriormente a Coordenadora Aparecida Demoner citou que futuramente havendo necessidade a reunião também poderá ser realizada aqui em nossa comunidade.

Nada mais havendo a tratar eu Angélica Rangel encerro aqui meu relatório de reunião entre o Estaleiro Jurong Aracruz e Comunidade de Barra do Sahy realizada no dia 11 de Março de 2013 às 18:30hs na Igreja Batista de Barra do Sahy.

Até a próxima ...

quarta-feira, 6 de março de 2013

ABB fornecerá sistemas elétricos para navios fabricados em Aracruz


01/03/2013 às 08:23
Conforme divulgou o site Portal Naval, a empresa ABB, grupo líder em tecnologias de energia e automação, recebeu pedido no valor total de US$ 160 milhões da Jurong Shipyard, de Singapura, para o desenvolvimento, fornecimento, supervisão de instalação, testes e comissionamento dos principais sistemas elétricos para sete navios-sonda de última geração, que vão operar nos campos de petróleo e gás em águas profundas na costa do Brasil. Os pedidos foram registrados entre o último trimestre do ano passado e o atual.
   Os navios serão utilizados para perfuração de poços nos enormes campos do pré-sal na costa do Sudeste do Brasil. O pacote elétrico integrado da ABB fornecerá energia confiável para subsistemas de bordo e ajudará os operadores a maximizar a eficiência energética das embarcações, projetadas para operações em águas ultraprofundas e que serão construídas pelo Estaleiro Jurong em Barra do Sahy.
   "A capacidade da ABB em fornecer conteúdo local para esse projeto, bem como a experiência da nossa organização local no país, foram fatores determinantes para receber esse pedido. Isso representa um avanço considerável para a ABB no mercado brasileiro", disse Ricardo Hirshbruch, responsável pela divisão de Automação de Processos da ABB na América do Sul. "A ABB tem diversas experiências na execução de projetos similares com o Estaleiro Jurong em Singapura; a confiança alcançada ao longo do tempo com o Estaleiro foi essencial para fecharmos esse contrato", disse.
   A ABB fornecerá todo o sistema elétrico das embarcações, incluindo geradores, painéis de distribuição de energia, transformadores, motores e acionamentos para os sistemas de propulsão e perfuração. O primeiro navio será entregue no segundo trimestre de 2015, à Sete Brasil. Três navios serão parcialmente de propriedade e operados pela Odfjell e os outros três pela Seadrill, ambas empresas norueguesas. Os sete navios serão afretados para a Petrobras por 15 anos.

Fonte: Folha do Litoral

terça-feira, 5 de março de 2013

Acidente deixa três pessoas mortas em bairro de Aracruz

05/03/2013 - 09h15 - Atualizado em 05/03/2013 - 11h17

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas estavam em um caminhão, que desgovernou e desceu uma ribanceira

Foto: Gustavo Pereira
Gustavo Pereira
Acidente deixa três pessoas mortas no bairro do Limão, em Aracruz
Três pessoas morreram em um acidente ocorrido no final da madrugada desta terça-feira (05), por volta das 5 horas, no bairro do Limão, em Aracruz, Norte do Estado. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, elas estavam em um caminhão, que desgovernou e desceu uma ribanceira. As vítimas, de acordo com os bombeiros, morreram no local.
O acidente aconteceu na Rua Inácio Barbosa Pinto Amorim, próximo à quadra de esportes do bairro e a uma creche. As vítimas foram identificadas pela Polícia Militar como Samuel Del Caro, de 69 anos, Valdemar Martins Vieira, 68 anos, e Jenailton Amorim Gignatio, 33. Conforme a PM, os três estavam saindo de casa para buscar uma carga de carvão, quando ocorreu o acidente.


Fonte: Da Redação Multimídia

sábado, 2 de março de 2013

Vila Do Riacho - Aracruz - ES

Menos de uma década depois, Quartel de Riacho já mostrava um franco crescimento, pois sua guarnição tinha sido reforçada em função da carta régia de declaração de guerra aos botocudos O documento saiu em 1808, logo que a família do príncipe regente de Portugal, Dom João VI, veio para o Brasil, fugindo da perseguição do imperador da França, Napoleão Bonaparte.

Quartel de Riacho foi visitado pelo príncipe alemão Neuwied em 1815 e pelo botânico francês Auguste de Saint-Hilaire em 1818, que atestaram que ainda era forte a presença militar. Mas, por volta de 1828, o local já era conhecido nas redondezas como Campos do Riacho.
As terras férteis de Campos do Riacho atraíram muitos fazendeiros e a migração aumentou mais ainda quando a região passou a pertencer ao município de Santa Cruz (Aracruz a partir de 1943), criado em 3/4/1848. Italianos recém-chegados de seu país começaram a aparecer por volta de 1874.
 Progresso
Em 1858, foi criada a primeira escola, pela Lei Provincial (equivalente às leis estaduais de hoje) nº 321. Em 1864, outra Lei Provincial, de nº 25, criou a freguesia de São Benedito do Riacho. A igreja, ainda existente, seria construída pouco depois.
Um levantamento feito em 1876 mostrou que Campos de Riacho já registrava 1.003 moradores, 6,5 % dos quais eram negros escravos. Também mostrou 179 alunos freqüentando a escola e um índice de alfabetização (11,7% da população) quase duas vezes maior que o da sede do município, Santa Cruz (6,4%).
A comparação entre os dois povoados é levada ainda mais adiante pelo historiador barrense José Maria Coutinho: “O crescimento de Campos do Riacho nos 76 anos após sua fundação era maior do que o de Santa Cruz experimentara nos três primeiros séculos de sua existência. A maioria dos trabalhadores de Riacho estava na agricultura do açúcar, milho, feijão, mandioca, etc., enquanto que o número de criadores de gado quase suplantava o de Santa Cruz. Os engenhos fabricavam açúcar, aguardente, rapadura e mel. O comércio dos mais diversos gêneros era ativo. Havia cerca de 508 casas em Santa Cruz e 136 em Riacho.”
Em 25/1/1891, foi criado o Município de Riacho, com sede em Campos do Riacho, abrangendo os territórios dos Distritos de Riacho e Ribeirão da Linha (hoje Distritos de Guaraná e Jacupemba). Mas o município só durou até 16/5/1931, quando foi reintegrado ao de Santa Cruz.
Dentro do que se pôde apurar, consta que o último prefeito do município foi Philareto Carlos Loureiro e que seu antecessor, de 14/4/26 a 2/5/30, foi Dalmácio Coutinho. As duas últimas Câmaras Municipais foram:

1924-1927
Antônio de Mattos Pimentel
Antônio Nunes Gonçalves
Ernesto Rosário do Nascimento
Herculano dos Santos Leal
Joaquim Ribeiro Pinto Machado

1928-1931
Belmiro Manoel de Carvalho
Ernesto Rosário do Nascimento
Herculano dos Santos Leal
Joaquim Ribeiro Pinto Machado
Philareto Carlos Loureiro

Decadência

Pelo menos três fatores foram decisivos para o enfraquecimento de Vila do Riacho (atual nome de Campos do Riacho): o crescimento do povoado que ficaria conhecido como Barra do Riacho, cerca de 11 quilômetros ao sul, na foz do Rio Riacho; o desenvolvimento da atividade agropecuária no noroeste do município, destacando-se Guaraná e Jacupemba; a transferência da sede municipal de Santa Cruz para o povoado de Sauaçu, regulamentada em 1948 e concretizada em 1950 (o município mudou de nome para Aracruz em, 1943).
Pela década de 50, segundo José Maria Coutinho, a orla litorânea – não só Vila do Riacho, como se vê – pouco a pouco foi abandonada pelos administradores municipais, entrando assim em decadência, enquanto o interior progredia.
“O progresso das Vilas de Aracruz, Guaraná e Jacupemba tornou-as mais importantes que as do Riacho, Barra do Riacho e Santa Cruz, ultrapassando sua arrecadação e produção econômica, com o café, o gado e o leite, principalmente. E uma estrada (a BR 101) as colocava no meio do caminho entre o sul e o norte do país”, detalha Coutinho, para completar: “Só com a chegada da Aracruz Celulose (a construção da fábrica foi iniciada em 1976) o litoral voltou a conhecer certas melhorias infra-estruturais e desenvolvimento social”.
Mesmo coma queda do prestígio de Vila do Riacho, um filho local, Pedro de Araújo Leal, foi prefeito de Aracruz de 1955 a 1958 e de 1963 a 1966, embora não exercendo todo este segundo mandato. De lá também saíram os vereadores Édson Chagas Filho (1993-1996) e Marlene Souza do Nascimento (1993-1996 e 1997-2000).

Fonte: Faça-se Aracruz! (Subsídios para estudos sobre o município) 1997Organizador: Maurilen de Paulo CruzCompilação: Walter de Aguiar Filho, novembro/2011