quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Amigos de taxista morto fazem cortejo fúnebre em Vitória e secretário pede desculpas à família


É com pesar, e muita tristeza no coração que o Blog vem a todos comunicar sobre o falecimento de mais um colega taxista que saiu de casa para defender o pão de cada dia e não mais retornará para o seio de seus famíliares e amigos. Que o nosso Secretário de Segurança de Segurança e Defesa Social, Henrique Herkenhoff, não venha somente pedir desculpas à família do taxista e lamentar a morte do homem mas também tome todas as medidas cabíveis nesse caso. Esperamos uma apuração detalhada e que seu resultado seja satisfatório para correções de possíveis falhas no atendimento. 
Se foi criado um mecanismo que possibilite mais segurança aos amigos taxistas que o mesmo seja totalmente eficaz.
“Quem vai trazer o pai de Alice de volta? Desculpa? Quantos pais de família terão que morrer para essa situação mudar”, lamentou a esposa do taxista, Andressa Tatiane dos Santos Pereira. 
Angélica Rangel


04/09/2012 - 19h55 - Atualizado em 04/09/2012 - 20h15

O taxista Rodrigo Neves, 38 anos, foi baleado no dia 25 de agosto por assaltantes que se passaram por passageiros. Ele morreu na noite desta segunda-feira

 Reprodução TV Vitória

Tiago Félix 
Taxistas da Grande Vitória realizaram, na tarde desta terça-feira (04), um grande cortejo de corpo presente de Rodrigo Neves, de 38 anos, que morreu após ser baleado durante um assalto na Rodovia do Contorno, na Serra. Além dos colegas de profissão, familiares também participaram do cortejo fúnebre, que saiu do Departamento Médico Legal (DML) de Vitória e seguiu até o cemitério de Maruípe.

Com o pisca-alerta ligado e com fitas pretas na antena dos carros, os taxistas realizavam um protesto pacífico. O carro da funerária seguiu com a porta aberta, para que as pessoas nas ruas pudessem ver o caixão com o corpo do taxista. Houve congestionamento no trânsito.

Em frente ao Quartel do Comando Geral  (QCG) da Polícia Militar, em Maruípe, os taxistas pararam o cortejo. Por várias vezes gritaram o nome do taxista morto. Douglas de Souza Oliveira, que trabalha com táxi há um ano e meio, diz que tem medo de dirigir devido à falta de segurança.

"Nós não queremos bater no Estado. Nós queremos que o Estado tome alguma providência. Saímos de casa e não sabemos se vamos voltar para casa. É preciso que façam alguma coisa pela nossa categoria. Rodrigo não é o primeiro taxista morto por causa dessa insegurança, será que outros terão que morrer para ser feito alguma coisa?", desabafa.

O corpo de Rodrigo será enterrado nesta quarta-feira (5), no Cemitério Municipal de Maruípe.

Assalto

O taxista Rodrigo Neves, 38 anos, estava internado em estado gravíssimo, no hospital Dório Silva, depois de ser baleado no dia 25 de agosto, por assaltantes que se passaram por passageiros. Ele morreu na noite desta segunda-feira (03).

Durante o assalto, a vítima acionou o botão do pânico do veículo, mas a viatura demorou chegar até o local do crime. O carro do taxista só foi localizado uma hora e meia depois, na Rodovia do Contorno. O veículo foi encontrado ligado e estava com as portas do lado do motorista e a traseira abertas, assim como o porta-malas. A vítima foi encontrada caída na parte de trás do veículo.

Herkenhoff pede desculpas à família de taxista
O secretário de Segurança de Segurança e Defesa Social, Henrique Herkenhoff, pediu desculpas à família do taxista e lamentou a morte do homem. Herkenhof disse que houve uma falha humana no caso. ''Pedimos desculpas. Houve uma falha individual e humana, pois temos certeza que o protocolo de atuação não foi seguido. Não podemos afirmar que teríamos evitado o crime, mas poderíamos ter feito mais. Lamentamos essa tragédia'', disse o secretário ao G1ES sobre o atendimento realizado pelo Ciodes depois de Rodrigo ter apertado o botão de pânico.

Herkenhoff afirmou que o resultado da sindicância aberta pela Polícia Militar para apurar as circunstâncias e os responsáveis pelo erro deve ser apresentado na próxima semana. ''Estamos ouvindo servidores para saber o que cada um tem a dizer e apurando o que aconteceu. Agora, não podemos fazer julgamentos preliminares'', disse o secretário.
Ele ressaltou que os resultados do sistema de atendimento do ''botão do pânico'' são positivos: ''Em 80% dos casos o protocolo de atuação termina com o taxista libertado, o táxi recuperado e o criminoso preso'', pontuou o secretário.

Fonte: Rádio CBN Vitória (93,5 FM)
Créditos de imagem TV Vitória 

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