quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nutripetro apresenta EIA RIMA para lideranças do Município de Aracruz - ES.

Amigos, no dia 18/09/2013 estive presente no auditório da empresa Nutripetro, onde na ocasião foi apresentado o EIA RIMA para as lideranças comunitárias do Município de Aracruz - ES.
Créditos de imagem: Site Nutripetro

Estiveram presentes a Dra. Marialva representante da empresa, Representantes da PSG Eduardo e Paulo, empresa responsável pelos estudos do EIA , Lideranças de várias comunidades, como Barra do Riacho, Barra do Sahy, Itaputera, Rio Preto, entre outros.
Segundo o Sr. Eduardo da PSG, antes da área ser da Nutripetro já havia sido transformada pela Fibria através do reflorestamento de eucaliptos, então nesse caso só foi realizado o a subtração das árvores de eucalipto.
Sobre o projeto o mesmo citou que terá uma área destinada a granito sendo 130.000 m² e uma retroárea sendo de 170.000 m². Será construída ainda uma ponte de 1.105 m, de extensão em mar, 242 m em terra, vãos de 15 m e 17 m de largura ao todo serão 1.347 m. Haverá ainda um quebra mar de 1.171 m de comprimento total, 468 m na direção leste-oeste e 703 m na direção norte-sul. O porto será composto de 05 berços sendo berço 01 com 350 m, berço 02 com 200 m, berço 03 com 382 m, berço 05 com 300 m, onde poderão atracar 05 navios simultaneamente. 
Na fase de implantação serão admitidos 2500 trabalhadores e na fase de operação serão 377 trabalhadores. Nesse período será feito a capacitação e qualificação de mão de obra, e mesma deverá de pessoas do local.
Quanto a instalação de alojamentos segundo a empresa não vai haver serão utilizados pousadas e hotéis. Quanto aos estudos de flora e fauna, foram colocadas informações sobre espécies encontradas e outras que estão ou não em extinção. Quanto as unidades de conservação foram encontradas 03 sendo elas: Reserva ecológica de Manguezal do Rio Piraquê-açú e Piraquê-mirim, APA Costa das Algas, Parque Nacional Municipal David Vitor Farina. Por Eduardo Amaral PSG.

Aberto o diálogo com as lideranças foram feitas várias perguntas aos representantes do empreendimento. Estiveram presentes:
Valdinei Tavares - Ong Amigos da Barra
* Robenilson Silveira - ACBR
* Ademir da Silva - ACBR
* Welton Vieira - ACBR
* Rosimere Silveira - ACBR
* Ivany - Itaputera
* João de Jesus - ACBR
* Marinaldo Miranda - ASPEBR
* Sebastião Vicente - ASPEBR
* Angela Maria - ACBR
* Elcia Amâncio - ACBR
* Pedro Correa - AMBSPPC/Radio Atividade
* Antônio Vitorino - Colônia Z7
* Cristiano Dias - Dbarrels do Surf
* Paulo Flávio Machado - ACBR
* Angélica Rangel - Blog Local
* Tiago Porto AMBSPPC
* Marinaldo - Associação de moradores de Barra do Sahy;
* Adriana Florêncio - AMBSPPC
* Júlio Cezar - ACBR
Entre outros.

 

 

Seguem algumas colocações das lideranças presentes:

* Qualificação não pode ser confundida com capacitação de mão de obra;
* O empreendimento uma vez instalado vai exigir o idioma de inglês como já vem fazendo a Jurong, então nesse caso que fosse incluído o curso de inglês nos cursos;
* Todo o município deveria ser colocado com área direta de impactos;
* A construção da vila de vivência deverá ser construída fora da comunidade;
* A não citação do mangue de Barra do Riacho no estudo deixou os participantes indignados;
* Assinatura de um documento tipo TAC visando dar garantias a comunidade que as propostas da empresa serão cumpridas como por exemplo utilização de mão de obra local;
* Nossa região não está preparada com infraestrutura suficiente para tal empreendimento, como na área da saúde, segurança, educação, rodovias, e outros;
* Manter a saída do lado oeste aberta para comunidade assim como a construção do trevo;
* A pesca foi desconsiderada no grau de importância no estudo;
* Qual será a milha/distância que os navios ficarão no mar?
* O pescador tem direito a todo território pesqueiro sendo assim tem que haver um estudo específico para a pesca; 
* O valor de investimento da empresa será de mais ou menos 300 milhões, e que a mesma deve assumir a responsabilidade do destino do pagamento de seus impostos, para que sejam revertidos em obras para atender a comunidade impactada;
* Quanto a responsabilidade social a empresa tem seus próprios projetos e não citou nenhum estudo de impacto que causará na Praia da Curva e nem mencionou o projeto da escola de Surf Dbarrels que vem acontecendo há 10 anos no local onde será implantado o porto;
* Quanto a construção da ponte como ficará o acesso da comunidade a praia? Em que circunstância foi aprovada essa ponte, visto que há uns anos atrás foi colocado como proposta de governo a construção de uma ponte de acesso a praia e o projeto não foi a frente devido a não autorização do IBAMA na época. 
* Segundo uma reunião anterior a essa a empresa citou que os moradores poderiam utilizar a ponte, porém deve-se observar que a ponte fará parte de uma área alfandegada, o que não permite entrada de estranhos. 

Foi acordado entre ambas as partes que deverá acontecer num prazo mínimo de 15 dias uma reunião mais esclarecedora entre a empresa Nutripetro, empresa PSG (deverá trazer os responsáveis pelo estudo como biólogo, oceánografo, entre outros, visto que o estudo não foi bem aceito pelas lideranças presentes) e ainda ASPEBR, Associação de pescadores de Santa Cruz, ACBR, AMBSPPC, ONG Amigos da Barra e demais associações para tratar de assuntos em separado sendo esses: PESCA, MÃO DE OBRA, TRÁFEGO.

Nada mais havendo a tratar eu Angélica Rangel responsável pelo Blog, encerro esse relatório, na certeza de que outras reuniões devam acontecer em breve pois ainda há muito o que se discutir e acertar entre comunidades e empresa.

Angélica Rangel
Em: 19/09/2013

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