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Pela internet e em 38 horas, jovem com câncer raro arrecada R$ 108 mil para cirurgia
26/04/2012 - 21h01 - Atualizado em 26/04/2012 - 21h01A Gazeta
emorati@redegazeta.com.br
A internet ajudou o jovem Oziel de Oliveira, 22 anos, a levar em frente o sonho de voltar a ter uma vida normal. Ele – que perdeu metade do rosto por causa de um tipo raro de câncer de boca – conseguiu, com a ajuda de internautas mais de R$ 106 mil, que agora serão usados para bancar o tratamento de reconstrução facial. Tudo isso em menos de 38 horas.
A mobilização contou com o apoio de vlogueiros – pessoas que fazem blogs em forma de vídeos – de todo o Brasil. O rapaz conta que a ideia surgiu quando estava assistindo a um programa de TV que mostrava os vídeos mais acessados.
"Tem gente que faz cada gracinha e aparece lá. Resolvi mostrar o meu caso e pensei: seja o que Deus quiser", contou.
Depois que postou o vídeo, o jovem – que mora em Lucas do Rio Verde (MT) – entrou em contato com algumas pessoas, entre elas um vlogueiro do Rio de Janeiro, Felipe Buarque. Foi aí que a história começou a ganhar projeção nacional. Buarque pediu a Felipe Neto, um dos vlogueiros mais famosos da internet, para que apoiasse a causa.
Deu certo, e Neto resolveu fazer um vídeo também pedindo ajuda para a causa do rapaz. O grupo montou uma página num site especializado em arrecadar dinheiro pela internet e em 38 horas já haviam sido arrecadados os R$ 106.670,98 para o tratamento.
História
Oliveira conta que espera pela reconstrução do rosto há pelo menos dez anos. A história começou quando ele tinha 9 anos. Um dente com cárie levou-o ao dentista, mas, mesmo depois de arrancados esse e outros dentes, as dores continuaram. "Fiz até cirurgia. Tirava os dentes, mas o problema voltava. Tomava remédio como se fosse outra doença", lembra o jovem.
O câncer só foi descoberto quando Oliveira resolveu ir a São Paulo para se tratar. Ele relata que, por causa do tratamento tardio, a doença fez perder várias partes do rosto. Agora, o rapaz sonha em ter o rosto reconstruído e levar uma vida normal. "Não tive infância nem adolescência."
Para o especialista em tecnologia de A GAZETA, Gilberto Sudré, a internet e as redes sociais proporcionam uma mobilização veloz, como foi no caso de Oliveira. "Na rede social, o contato com seus amigos se dá por um clique, bem mais rapidamente do que na vida real. É uma forma barata e ágil de se mobilizar".
Família de mergulhador cria site
A família e amigos de Arnaldo Schuwambach, 24 anos – desaparecido no último dia 5 após ir mergulhar a 20km da orla da Praia da Costa, em Vila Velha –, resolveram se mobilizar pela internet na esperança de encontrá-lo com vida. O grupo criou um site que descreve o caso e pede que as pessoas colaborem pelas redes sociais, divulgando e-mails com a foto do mergulhador e até mesmo espalhando cartazes na porta de hospitais.
Esposa de Arnaldo, a pedagoga Talya Schuwambach afirma que a esperança é de encontrar o mergulhador vivo fora do Estado. "Especialistas já nos disseram que aqui ele não está. Achamos que pode estar em algum hospital, e as pessoas não saibam quem ele é", destaca.
Segundo ela, a mobilização começou ainda no Facebook, logo após o desaparecimento. Com a criação do site a ideia é que o fato ganhe dimensão nacional e que Arnaldo passe a ser procurado em outros locais. "Pessoas de todo o país já estão acessando", conta Talya.
Fonte: Gazeta Online
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