domingo, 13 de maio de 2012

Gestão que é pau para toda obra


Empresa de Aracruz desenvolve sistemas para acompanhar os passos dos "peões"

12/05/2012 - 18h51 - Atualizado em 12/05/2012 - 18h51
A Gazeta

    Rita Bridi
rbridi@redegazeta.com.br

Uma obra de grande porte, com trabalhadores descontentes, desestimulados e com falta de controle na gestão das ações que são desenvolvidas no canteiro, certamente, terá como resultado o descumprimento do cronograma e a elevação dos custos.

Para evitar problemas como esses, o dono de uma empresa sediada em Aracruz, a Meta Central de Serviços, desenvolveu há 16 anos um método pioneiro no país: o modelo de gestão centralizada.

Nesse período o sistema foi usado em 16 grandes projetos que envolveram mais de 133 mil trabalhadores. O método é hoje utilizado por várias empresas em todo o país.

"Desde que o peão chega à porteira do canteiro, todos os seus passos são controlados por um setor. É preciso saber se ele está em horário de trabalho ou de almoço, qual horário que vai sair e precisará do transporte", explica o proprietário da Meta, Carlos Goicocheia .

Nas grandes obras onde não há gestão centralizada, geralmente os custos são mais altos. O modelo, destaca Goicocheia, resulta em melhor qualidade dos serviços, transporte eficiente, alimentação balanceada, serviços médicos e ambulatoriais eficientes.

O método contribui para a melhoria das condições de trabalho. Um projeto com 15 mil trabalhadores no canteiro de obras precisa, por exemplo de ações para equacionar os horários de almoço e de transporte. "Não dá para colocar todas essas pessoas no restaurante ao mesmo tempo", sublinha.

A Meta tem pela frente duas empreitadas de peso: a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), na Grande Fortaleza (CE), e o projeto Ferro Carajás S11D, em Canaã dos Carajás (PA), que estão entre os maiores investimentos em andamento no país. Ambos os projetos são da Vale, sendo que a CSP é uma parceria com os grupos coreanos Dongkuk Steel e a Posco Steel.

Juntos, os dois projetos somam mais de US$ 10 bilhões em investimentos e chegarão a demandar 30 mil trabalhadores. A Meta Central será a responsável pela mobilização e desmobilização de pessoal, credenciamento e controle de acesso, gestão de transportes, de restaurantes, de alojamentos e repúblicas e de serviços médicos e ambulatoriais.

Em grandes obras, sobretudo, o bom desempenho profissional depende de seu grau de satisfação. Hoje o nível de tolerância dos trabalhadores é bem menor que há uma década, por exemplo. "Se 5% dos trabalhadores estiverem insatisfeitos a obra não anda como deveria".

Fonte: Gazeta Online

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