terça-feira, 8 de maio de 2012

Obra em fábricas abre 1,8 mil empregos

80 empresas atuarão nas 3 plantas em Aracruz até fim do mês

07/05/2012 - 23h27 - Atualizado em 07/05/2012 - 23h27
A Gazeta
foto: Divulgação
Obra de manutenção da Fibria, em Aracruz. Editoria: Economia - Foto: Divulgação
Operários trabalham na inspeção e reparos de equipamentos da companhia
Rita Bridirbridi@redegazeta.com.br

Até o dia 31 deste mês, as três fábricas da Fibria em Aracruz terão a produção suspensa para a realização de manutenção. A empresa está investindo R$ 40 milhões para reparação dos equipamentos. No pico dos serviços, serão envolvidos cerca de 1,8 mil trabalhadores de aproximadamente 80 diferentes empresas.

A interrupção na fábrica C começou ontem e vai até o dia 15. De 16 a 24, será parada a fábrica A; e de 25 a 31, haverá suspensão na produção da fábrica B. A parada geral das plantas industriais objetiva a manutenção preventiva para assegurar a integridade dos equipamentos.

A produção anual da indústria é de 2,355 milhões de toneladas. Com a suspensão, a unidade de Aracruz deixará de produzir 4,5 mil toneladas por dia. Segundo o gerente industrial da Fibria, Paulo Silveira, essa medida é necessária porque a cada 12 meses os equipamentos precisam ser inspecionados e reparados para garantir a produtividade e evitar problemas futuros.

Das 80 diferentes empresas que atuarão na operação, 60% são do Espírito Santo. Além disso, 70% dos profissionais são da região de Aracruz.

As empresas selecionadas para a prestação dos serviços durante a parada das fábricas já contrataram os trabalhadores para o preenchimento das vagas, explica o presidente do Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (CDMEC), Antônio Falcão.

O trabalho, que é feito anualmente, é uma boa oportunidade para as empresas capixabas, destaca Falcão. Ele lembra que a cada ano o nível de exigência da Fibria aumenta e isso acaba sendo positivo para as organizações que se preocupam em melhorar a qualidade de seus serviços e a capacitação de seus funcionários.

Projeção no país
Outro ponto destacado é a oportunidade que se abre para as empresas capixabas. "A Fibria tem unidades em Três Lagoas (MS) e Jacareí (SP). Quem conseguir se destacar nesse trabalho tem a oportunidade de ser contratado para a manutenção das demais fábricas".

A atividade geralmente demanda serviços muito especializados que requerem conhecimentos específicos. É o caso de trabalhos como reparos internos de caldeira, substituição de rolos das máquinas de secagem e inspeção na caldeira de recuperação.

Boa parte dos especialistas que atuam numa parada geral PG são profissionais que já conhecem o serviço e que anualmente são recrutados para a tarefa. Essa repetição contribui para os bons resultados, enfatiza o gerente de Manutenção da Fibria, Áureo Machado Neto.

Reparos em alto-forno até julho O alto-forno 1 da ArcelorMittal Tubarão está desligado desde o último dia 17. A parada, após mais de 28 anos de atividades, faz parte da reforma planejada do equipamento, que tem duração prevista de aproximadamente 100 dias. O religamento e esperado para o final de julho.

O investimento é da ordem de US$ 180 milhões. A primeira grande reforma envolve, basicamente, a substituição de carcaça, blocos de carbono e refratários cerâmicos e sistema de limpeza de gases. O desligamento do alto-forno faz parte da reforma planejada do equipamento.

Desde o início da operação, em novembro de 1983, o alto-forno 1 teve produção acumulada de 93,91 milhões de toneladas de aço. Nesse período, diversas modernizações tecnológicas foram desenvolvidas e instaladas no equipamento.
Dez empresas estão atuando diretamente na engenharia, demolição e construção. Em relação ao fornecimento de materiais, há dezenas de fornecedores espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Toda a gestão dos contratos e serviços é centralizada na equipe de implementação de projetos da ArcelorMittal Tubarão.


Saiba mais

Parada geral
As três fábricas de celulose da Fibria, em Aracruz, passarão por manutenção e terão a produção suspensa durante os serviços.

Sequência
A parada da fábrica C começou ontem e vai até o dia 15. Em seguida vem a fábrica A, que fica parada de 16 a 24. A parada da fábrica B vai de 25 a 31 deste mês.

Investimento
Para os serviços de manutenção dos equipamentos das três fábricas o investimento programado pela Fibria é de R$ 40 milhões.

Empresas
Cerca de 80 empresas foram contratadas pela Fibria. Destas, 60% são do Espírito Santo e 70% dos profissionais são da região de Aracruz, onde está a planta industrial.

Produção
As três fábricas da Fibria em Aracruz produzem 2,335 milhões de toneladas de celulose por ano. A produção é embarcada no terminal da Portocel, em Barra do Riacho.

ArcelorMittal
O alto-forno 1 da ArcelorMittal Tubarão, que produz semiacabados de aço (placas e bobinas a quente), foi desligado no último dia 17 de abril. A parada aconteceu após mais de 28 anos de atividades ininterruptas.

100 dias
É a primeira grande reforma planejada do alto-forno 1 e o trabalho deve durar 100 dias. O religamento está previsto para o final de julho.

Investimento
Na reforma do alto-forno, a Arcelor Mittal está investindo US$ 180 milhões.

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