quinta-feira, 8 de março de 2012

Escape do conto do vigário. Confira os dez golpes mais aplicados na 'praça'


Amigos os golpes estão sempre acontecendo e em alguns casos vão sendo aperfeiçoados pelos golpistas com o passar do tempo ou conforme caem na informação das pessoas.

Sendo assim, se puder, tire um tempinho, leia essa matéria e ainda recomende a alguém. É muito importante que todos conheçam como os bandidos agem para que possam se defender.

Conhecimento e informação como forma de prevenção!


08/03 - 21h56

Paulo Rogério

Rádio CBN Vitória (93,5 FM | 1.250 AM)
foto: Reprodução
Golpe prêmio
Golpe do "prêmio por telefone". Com certeza você conhece alguém que já recebeu um torpedo desse tipo
Você já ouviu falar nos golpes do 'bilhete premiado', 'falso sequestro' e da 'promessa de emprego'? Pois fique alerta. Estes são apenas três dos 10 golpes (confira abaixo cada um deles) mais aplicados na Grande Vitória e no interior do Espírito Santo, de acordo com informações da Polícia Civil. A Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa) registra, em média, pelo menos um boletim de ocorrência por dia envolvendo a prática de um alguma farsa.

O delegado Gilson Gomes destaca que a principal influência para as pessoas caírem em algum golpe é o fato das vítimas estarem ávidas a obter algum tipo de vantagem financeira. "Essa é uma característica do estelionato. Convencer a vítima em levar alguma vantagem no negócio proposto. Muitas vezes, a ganância da vítima faz com que ela seja ludibriada a ponto de cair no golpe", declarou

Até militares são vítimas

O perfil de algumas vítimas pode surpreender as pessoas mais atentas. O 'golpe da Capemi', por exemplo, consiste no estelionatário tirar vantagem em militares da reserva das Forças Armadas, por meio de ligações telefônicas, e garantir a liberação de alguma quantia indenizatória em processos judiciais envolvendo oficiais da reserva do Exército, Marinha e Aeronáutica. Essa garantia, porém, exige, em contrapartida que o suposto beneficiado adiante uma certa quantia em dinheiro.

Entre os golpes listados por Gilson Gomes, o 'golpe da Capemi' é um dos poucos em que a vítima é cuidadosamente estudada pelo golpista. "Os estelionatários têm dados que permitem as vítimas serem convencidas de que seus processos foram julgados. Eles exigem, por exemplo, honorários de R$ 50 mil em processos envolvendo R$ 500 mil", explica.

Evite os golpes
foto: Ricardo Medeiros - GZ
Delegado Gilson Gomes.
O delegado Gilson Gomes orienta: todo excelente negócio tem um grande risco. Desconfie sempre da vantagem rápida
Apesar da popularização do termo 'golpe na praça', 60% dos golpes destacados pelo delegado são aplicados por meio de ligação telefônica aleatória. E por que tanta gente cai nas enganações? Um dos principais fatores é o poder de persuasão do golpista. Gilson Gomes orienta como não cair na conversa dos criminosos.

"Outra orientação é no sentido de nunca pensar que terá vantagem rápida e com grande quantia de dinheiro. Todo excelente negócio tem um grande risco. As pessoas precisam ter a capacidade de perceber que ótimas propostas não acontecem de uma hora para outra. Ter em mente que o caminho de uma grande vantagem resulta em grande prejuízo já é suficiente para fazer com que você não caia em golpe nenhum", alerta.

Pelo artigo 171 do Código Penal Brasileiro, a pena do crime de estelionato varia de um a cinco anos de reclusão. A punição pode ser bem mais branda e convertida em detenção não-condenatória em caso de réu primário e com prejuízos financeiros abaixo de um salário mínimo (R$ 622,00).

Confira os golpes

1- 'Bilhete Premiado'   

O golpista geralmente tem auxílio de dois comparsas e ilude um pedestre comum, na rua, propondo a troca do suposto prêmio obtido na loteria por uma boa quantia em dinheiro vivo por parte da vítima. O estelionatário se passa por pessoa simples e humilde para enganar cidadãos comuns pelas ruas.

2- 'Prêmio por Telefone'   

Costuma estar atrelado a nomes de programas de TV. O golpista telefona para um número qualquer, convence a vítima de que ela foi premiada com carros e outros bens de valor elevado, mas que existe uma 'taxa de liberação', liquidado em depósito bancário, para o envio dos prêmios. Em celulares das vítimas este golpe começa por meio de torpedos, em algumas ocasiões.

3- 'Conto do Otário'

O vigarista deixa cair um cheque frio, com quantia elevada, perto da vítima. A vítima potencial, sem saber que é o alvo, chama a atenção do estelionatário que, muito agradecido, resolve premiar a pessoa enganada trocando a 'bolada' do cheque por outra significativa quantia, mas em valor relativamente menor e em espécie.

4- 'Falso Sequestro'

A vítima recebe um telefonema no qual o criminoso afirma estar em poder de um familiar da pessoa enganada a ponto de matá-lo. A exigência de resgate é feita, geralmente, em troca de valores um pouco abaixo ou pouco acima de um salário mínimo. Este golpe quase sempre é praticado por detentos de presídios localizados fora do Espírito Santo.

5- 'Golpe do Sobrinho'

Também conhecido como 'Golpe do Zezinho', o esquema criminoso consiste no golpista se passar por sobrinho da vítima, ao telefonar para um número qualquer. Ele diz que está com problemas mecânicos no carro ou com uma dívida que os 'demais familiares' não podem saber. Consequentemente, o golpista pede dinheiro, por depósito bancário.

6- 'Golpe da Capemi'

Capemi é a sigla para Caixa de Pecúlios, Pensões e Montepios Beneficente, sistema empresarial privado sem fins lucrativos do ramo de previdência complementar, seguros e assistência financeira. O estelionatário engana militares da reserva das Forças Armadas, por meio de telefonema, e garante a liberação de alguma quantia indenizatória, em processos judiciais envolvendo oficiais aposentados do Exército, Marinha e Aeronáutica. Essa garantia, porém, exige um suposto honorário.

7- 'Chora Mamãe'

Geralmente é praticado em serviços de anúncio de compra e venda de bens. O estelionatário anuncia um automóvel com valor abaixo no mercado de semi-novos, recebe ligações e tenta fechar negócio sem contrato assinado. Por mais intrigante que pareça, muitas vítimas caem na conversa do criminoso e depositam dinheiro em uma conta sugerida pelo bandido.

8- 'Golpe do SPC'

O nome do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) é usado neste golpe por parte do criminoso. A tapeação é feita por telefone, em ligação aleatória, afim de garantir a retirada do nome de pessoas físicas ou jurídicas da condição de inadimplência por meio, claro, de um depósito bancário feito pela vítima.

9- 'Promessa de Emprego'

As vítimas são induzidas a certeza de emprego garantido em uma grande empresa após inscrições em um curso profissionalizante falso que garantiria uma vaga de trabalho. Pagamentos são efetuados pelas vítimas, antes do início das aulas. Contudo, as pessoas inscritas descobrem dias ou semanas depois que tudo não passou de uma grande farsa.

10- 'Máquina de Dinheiro'

Apesar de ser a farsa mais descarada de todas, por isso tornou-se cada vez menos usual com o passar dos anos, muita gente já perdeu dinheiro com ela há algumas décadas. O criminoso mostra uma máquina 'incrível' à vítima. Ele coloca uma folha de papel comum em branco de um lado do maquinário, roda a manivela e do outro lado sai uma nota verdadeira.

Para dar credibilidade à engenhoca, o criminoso se dirige, junto com a vitima, a algum banco para que se faça um teste. O caixa do banco atesta a autenticidade da nota. A vítima compra a máquina e pensa estar fazendo um grande negócio. Este crime também é conhecido como 'Golpe da Guitarra'.

Fonte: Gazeta online e CBN Vitória

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