domingo, 25 de março de 2012

Especialista projeta o fim do Facebook



Para professor da Universidade de Columbia, rede social não existirá em 10 anos

24/03/2012 - 15h10 - Atualizado em 24/03/2012 - 15h10
A Gazeta
foto: Reprodução
Mark Zuckerberg, criador do Facebook, durante evento nos EUA. (Foto: Reprodução)
Mark Zuckerberg, criador do Facebook: número de desafetos é crescente

Luciana A. XavierNova York

O número de desafetos, inimigos e críticos do Facebook é um grão de areia perto dos quase 1 bilhão de usuários ativos e fiéis que a rede social conquistou nos últimos anos, mas parece ser crescente.

O professor Eben Moglen, que leciona na Escola de Direito da Universidade de Columbia, em Nova York, há 25 anos, está no primeiro grupo. O professor, que trabalha no desenvolvimento de um software gratuito – FreedomBox – que poderá ser baixado pela internet, sem licença de uso, de modo a permitir a navegação na internet com mais privacidade, ataca a invasão de privacidade da rede social, para usar o termo mais politicamente correto. Espionagem é a palavra usada pelo professor Moglen.

"O motivo pelo qual o Facebook está tão enorme está no seu valor por espionar. Não há outro lugar no mundo para espionar centenas de milhares de pessoas com tanta eficácia", disse à reportagem.

"A oferta do Facebook é pequena, de alguns bilhões de dólares. A Cisco recentemente comprou uma companhia de stream vídeo por US$ 5 bilhões, que é mais ou menos todo o dinheiro que o Facebook vai levantar. A razão pela qual o Facebook é tão importante não é pelo negócio em si ou por prover rede social e ganhar em média US$ 5 por pessoa (com anúncios)".

Como empresa de capital aberto, o Facebook terá de se adaptar rapidamente se não quiser correr o risco de desaparecer. "A relação do Facebook com o mundo secreto é crucial para eles e uma vez que eles se tornem companhia aberta eles terão de tratar isso de modo diferente. Daqui a um ano estaremos falando em como o Facebook teve de se ajustar para ser uma empresa pública", disse.

Moglen acha que o movimento contrário ao Facebook deve ganhar força e acabará perdendo espaço para a concorrência, especialmente se o usuário perceber que poderá ter maior controle e sigilo de suas informações. Na Europa, já existe movimento em direção a mudança de regulação para garantir maior privacidade nas redes sociais.

"Quando falo que em até 120 meses o Facebook não existirá mais, estou falando literalmente a verdade. Do ponto de vista tecnológico, o Facebook será substituído", garante Moglen. (AE)

Fonte: Gazeta Online

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